Celebrando Mulheres na Ciência e Tecnologia: Ada Lovelace, a mãe da programação de computadores
A matemática visionária e pioneira da programação foi responsável por criar o primeiro algoritmo para a máquina analítica de Babbage, além de ter conectado sua visão com o Tear de Jacquard (tear têxtil).
Por: Joy Pires
Em fevereiro, celebramos, no dia 11, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, destacando as incríveis conquistas e os desafios no cenário científico e tecnológico.
Um terço dos especialistas em ciência e engenharia são mulheres, e aqui no Brasil, elas estão não só na liderança, mas também superam os homens na produção de artigos científicos.
A participação feminina na ciência brasileira cresceu expressivamente, marcando presença em 72% dos artigos científicos. Ao longo de duas décadas, a presença feminina entre pesquisadores cresceu de 35% para 44%, desafiando a tradicional predominância masculina e branca na ciência e tecnologia.
Ada Lovelace, de matemática visionária a pioneira da programação, não apenas criou o primeiro algoritmo para a máquina analítica de Babbage, mas também conectou sua visão com o Tear de Jacquard ( tear têxtil).
Apesar desses avanços, a área STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) ainda enfrenta desafios, com as mulheres continuando sub-representadas. A discrepância na premiação Nobel, onde apenas 5% dos premiados são mulheres, contrasta com a percepção ultrapassada de que matemática, economia, tecnologia e ciência não são para mulheres – uma visão que a história desmente.
Celebramos mulheres inspiradoras como Grace Hopper (Cobol), Marie Curie (cientista), Katherine Johnson (NASA – matemática), Mary Shelley (escritora da primeira ficção científica), Rachel Carson (bióloga – sustentabilidade), a brasileira Johanna Döbereiner (agrônoma) e Ada Lovelace.
Ada Lovelace, de matemática visionária a pioneira da programação, não apenas criou o primeiro algoritmo para a máquina analítica de Babbage, mas também conectou sua visão com o Tear de Jacquard ( tear têxtil). Ao notar a semelhança entre a máquina analítica e o Tear de Jacquard, ambos utilizando cartões perfurados, Ada enxergou a máquina analítica indo além dos cálculos, gerando música, gráficos e padrões têxteis.
Apesar de não ter recebido o reconhecimento merecido em sua época, seu trabalho revolucionário foi redescoberto por Alan Turing em 1953, consolidando sua posição crucial na história da computação. Essa redescoberta destaca não apenas a genialidade singular de Ada Lovelace, mas também ressalta a importância de reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres na ciência ao longo do tempo. Seu legado continua inspirando, reforçando a relevância da igualdade de gênero na tecnologia.
Ao focarmos na presença feminina na tecnologia, mergulhamos de cabeça na era da Inteligência Artificial (IA), trazendo inquietações. A incerteza sobre as máquinas desenvolverem consciência ou impactarem empregos não é um dilema novo; ecoa desde o século XIX, quando Mary Shelley levantou a questão sobre as máquinas terem a capacidade de pensar.
Esta conexão entre o passado e o presente nos conduzirá a explorar não apenas o universo da inteligência artificial, mas também suas implicações para as pessoas, o planeta e biotecnologia, biocomputação e a regeneração.
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