As embaixadoras do Fashion Revolution em universidades pelo Brasil

By Fashion Revolution

7 years ago

Os núcleos do Fashion Revolution que se formam nas escolas e universidades pelo mundo – especialmente durante a Fashion Revolution Week, em abril – são espaços essenciais para fortalecer a mensagem de conscientização e engajamento da iniciativa.

Nesse ano, 50 universidades de norte a sul do Brasil realizaram 150 atividades relacionadas ao Fash Rev, entre elas rodas de conversa, oficinas, workshops e exibições de filmes.

Para tudo isso acontecer, tivemos o apoio incrível de 31 embaixadoras que se voluntariaram para agitar essas ações em seus espaços de estudo. Nesse post, reunimos depoimentos de quatro delas, onde compartilham um pouco dessa experiência na prática e o sentimento que sintetizou o clima da campanha.

Inspire-se!

Comunicação FR – Você conheceu o Fash Rev por qual meio, e o que te motivou a tornar-se uma embaixadora?

  • Embaixadora: Bya Correa

Instituição: Universidade Estadual de Maringá (PR)

Conheci via redes sociais e me interessei em saber mais sobre o sistema produtivo da moda depois que assisti ao documentário The True Cost. Me motivei a ser embaixadora por acreditar que o conhecimento sobre o “outro lado” da moda deveria ser compartilhado com os demais alunos do meu curso.

Grupo de participantes do Fash Rev Week na Universidade Estadual de Maringá. Foto enviada pela Bya.
  • Embaixadora: Thaís Menna

Instituição: Uniritter (RS)

Eu conheci o Fashion Revolution ano passado através da representante regional, fiquei sabendo das reuniões e logo me interessei em participar. A moda sustentável sempre foi muito presente nos meus trabalhos, e quando descobri o Fash Rev fiquei muito contente que havia um movimento tão forte a favor de impactos positivos na indústria da moda.

  • Embaixadora: Camila Bertoglio

Instituição: Uniritter (RS)

Eu tinha um blog, e, em abril do ano passado “achei” matérias sobre o movimento e postei sobre. Quero expandir o movimento, alcançar o máximo de pessoas possíveis, me tornar o acesso mais próximo de quem eu conheço para a moda ética e o consumo consciente. Quero levar a mensagem do Fash Rev para todos!

  • Embaixadora: Nicole Zardo

Instituição: Anhembi Morumbi (SP)
Já tinha visto várias publicações sobre o Fashion Revolution no instagram, mas conheci mesmo o movimento por uma amiga, que me contou um pouquinho sobre a Fashion Revolution Week. Logo que comecei a pesquisar decidi que gostaria de participar do movimento, principalmente como embaixadora estudantil, e aconteceu!

Grupo de participantes da Anhembi Morumbi. Foto enviada pela Nicole.

FR – Qual foi o ponto alto da Fashion Revolution Week em sua universidade?

Bya – Tivemos um cronograma de atividades bem amplo durante os quatro dias de evento, com oficinas, palestras e debates, porém, com certeza as palestras com representantes de marcas sustentáveis e com caráter social, foram o que mais chamou a atenção dos alunos e o que mais agradou.

Thais – Uma das atividades da nossa universidade foi um projeto de upcycling, onde alunos das turmas de projeto participaram criando roupas a partir de peças em desuso que nos foram doadas. Após o desenvolvimento, essas peças foram expostas no saguão principal, o que deixou os alunos orgulhosos de verem suas criações.

Camila – A oficina de produção de acessórios com malha de camisetas oferecida pela professora Renata Pedron e Nicele Branda na UniRitter campus FAPA. Foi fascinante ver alunos surpresos com a facilidade de fazer acessórios através de camisetas usadas.

Alunos da UniRitter – campus FAPA – confeccionando acessórios com as camisetas doadas para a oficina da Fash Rev Week. Foto enviada pela Camila.

Nicole – Com certeza as oficinas de customização, que foram realizadas e monitoradas pelos próprios alunos do curso, oferecendo diversas modalidades: bordado, macramê, aplicação de patches e etc. A troca de informação entre os alunos foi incrível, e conseguimos atingir um número grande de estudantes e futuros alunos.

FR – O processo para engajar pessoas em sua universidade foi mais fácil ou difícil do que imaginou? Por quê?

Bya – Foi bem mais fácil que eu imaginei, não esperava ter um retorno tão grande como tive, não só dos alunos e professores, mas também da comunidade externa. O evento na Universidade teve uma visibilidade incrível, chegando a alcançar as empresas locais de moda, que acabaram respondendo ao movimento através das redes sociais.

Thaís – Quando divulgamos sobre o Fashion Revolution na nossa universidade a maioria dos alunos já conhecia o movimento e tinha interesse em participar, acredito que isso aconteceu pela programação do Fashion Revolution do ano passado que foi bem impactante e fez com que várias pessoas se envolvessem no assunto.

Para a Camila, essa foto simboliza como o movimento na UniRitter – FAPA, foi feito com as mãos de todos: alunos, professores e funcionários.

Camila – No início percebi que as pessoas estavam um pouco envergonhadas para  participar. Depois, foram me procurando presencialmente na faculdade, conversando sobre o assunto, querendo saber como funcionava essas coisas. Amei ver o interesse de muitos alunos!

Nicole – Foi mais fácil do que imaginei. Por possuirmos aulas voltadas à sustentabilidade, e o requisito de aplicar o desenvolvimento sustentável em nossos projetos, isso também inclui o parâmetro do trabalho justo! Todos os estudantes de Design e Negócios da Moda adoraram a ideia de abordar questões como essa, assim como ajudar nas ações propostas.

FR – Qual tema dentro do assunto da conscientização na cadeia produtiva de moda você sentiu que mais sensibiliza as pessoas?

Bya – A forma com que as pessoas são tratadas em seus locais de trabalho. Foi nítido o espanto dos alunos quando assistiram ao documentário The True Cost e puderam ver realmente como suas peças de fast fashion são produzidas e a que custo “humano” elas são feitas.

Thais – Eu e todas as embaixadoras daqui de Porto Alegre realizamos algumas atividades para divulgar a causa e o movimento. Em uma delas nós abordamos as pessoas em eventos de moda e explicamos sobre os impactos da cadeia produtiva. Quando tocávamos no assunto do trabalho análago ao escravo, as pessoas ficavam chocadas, pois não faziam ideia de que isso ainda acontecia, e falavam que iriam mudar totalmente seus hábitos de consumo.

Camila – Trabalho infantil, condições dos locais de trabalho, o desespero dos imigrantes bolivianos por um trabalho em São Paulo e doenças e deficiências geradas por consequência disso tudo.

Nicole – Acredito que o impacto ambiental. Durante nossas palestras e debates percebemos uma maior preocupação com o meio ambiente e com o consumo impulsivo, gerando descarte excessivo.

FR – Escolha um sentimento para definir o clima dessa campanha em sua universidade.

 Bya – Amor.

Thaís – Orgulho.

Camila – Conscientização

Nicole –
Todas as ações e divulgações realizadas dentro da universidade aconteceram porque tive ajuda de voluntários maravilhosos e empenhados, então não sei se poderia ser considerado como um sentimento, mas diria: coletividade.

Foto enviada pela Bya e tirada durante oficina de bordado na Universidade Estadual de Maringá.